Essa mesa tem por finalidade debater as interfaces entre urbanismo, gênero e ética do cuidado, a partir da ótica do urbanismo antissexista e antirracista, com foco na participação comunitária e nas políticas públicas de cuidado. O campo da arquitetura e urbanismo tem diante de si novos desafios de repensar o devir das cidades a partir da reestruturação das cidades baseadas no cuidado e na vida comunitária, expurgando as tradicionais estruturas que favorecem a violência machista e racista. Várias questões são importantes na tarefa de redesenhar equipamentos urbanos e espaços públicos na perspectiva de um urbanismo antissexista e antirracista. Os processos participativos são fundamentais, bem como o entendimento da importância das atividades de cuidado. Os desafios para uma arquitetura e um urbanismo que tenha como foco os cuidados implicam em repensar o projeto em diversas escalas e setores, desde a escala da arquitetura até a do urbano, incluindo entre outros a reformulação dos parques infantis e praças de bairro, edificações escolares e espaços públicos seguros para todos os segmentos vulneráveis de gênero, raça e idade. Implica no reconhecimento das mulheres, dos LGBTQIA+, negros, indígenas, crianças e idosos como sujeitos afetados por espaços de uso e apropriação restrita e de dominação machista, racista e etarista.
2 – Práticas urbanas contra hegemônicas
A mesa busca discutir movimentos, práticas e iniciativas que tensionam os processos tradicionais e centralizados de...