Em novembro de 2021, em um seminário online dedicado a “Arquivos, historiografia e preservação” da arquitetura, urbanismo e design, Andrey Schlee alertava sobre a necessidade de se pensar a salvaguarda de arquivos de arquitetura como política pública. Mais recentemente, em abril de 2024, em outro evento, Junia Mortimer e Eduardo Costa convidavam seus interlocutores a pensar e a reposicionar as definições e os limites de arquivos de arquitetura. Para além dos conjuntos documentais compostos por documentação técnica e artística, elaborada por arquitetos, urbanistas e designers e seus respectivos escritórios, sublinhavam a importância dos vestígios deixados em museus de base comunitária, de coleções de fotógrafos e ativistas e, sobretudo, do entendimento do arquivo de arquitetura como parte de um patrimônio cultural. Aproximar essas falas, convidando seus autores a participar juntos deste diálogo entrecruzado, busca fomentar um debate sobre relações estabelecidas entre arquitetura e arquivos na contemporaneidade e indagá-las sobre modos de reconhecer, reposicionar e refazer a memória da arquitetura.
1 – Gênero, raça e política de cuidados: desafios para a arquitetura e urbanismo
Essa mesa tem por finalidade debater as interfaces entre urbanismo, gênero e ética do cuidado, a partir da ótica do...